Pessoal,
Acabei de receber um email de João Francisco Guerreiro (79i) a respeito de um artigo que apareceu ontem na Web.
Retransmito à todos as brilhantes palavras de meu pai, assim como o artigo.
"Olá amigos,
Acabo de ler este artigo. Apareceu ontem (dia 07.08.2012) na Web.
Achei-o formidável e, principalmente, pioneiro e desbravador, bem ilustrativo de como poderão ser os rumos da alimentação daquí para a frente. Nunca tive dúvidas de que o futuro - quando a Terra tiver uma população de 12 talvez 14 bilhões de humanos - será completamente diferente do mundo que conhecemos hoje, sob todos os aspectos e facetas. Vale dizer: formas de governo, religiões, leis, tribunais, patriotismo, nacionalismo, civismo, habitação, transporte, dinheiro, educação, diversão, cultura, comunicações, viagens, hospitais, hábitos de vida, etc... etc... tudo...tudo será bastante diferente.
Ainda que imperceptivelmente estamos fazendo as mudanças acontecerem desde já. Aos poucos, elas vão ganhando forma e acontecendo paulatinamente, todos os dias. Serão sempre mais e maiores com o passar do tempo. Acompanharão o crescimento da população, a maior e mais incontrolável de todas as "driving forces" que conhecemos."
O que comeremos daqui a 20 anos?
Alimentos alternativos
Projeções de especialistas indicam que o aumento
populacional, dos preços dos alimentos e a limitação na disponibilidade de
recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos
pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, transformando itens hoje comuns em
artigos de luxo.
Por isso, há cada vez maior preocupação na escolha
da comida do futuro, uma comida que seja ao mesmo tempo saudável para o ser
humano e não tão exigente com os recursos naturais.
Veja abaixo algumas alternativas que, embora
estranhas à primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver
lacunas na demanda por alimentos.
Comer Insetos
Eles não parecem muito saborosos, mas os cientistas
garantem que insetos são uma rica fonte de proteínas.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto
carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies
poderiam ser consumidas pelo homem, principalmente compondo salsichas ou
hambúrgueres.
Cientistas da Universidade de Wageningen, na Suécia,
comprovaram que os insetos produzem quantidades muito menores de gases de
efeito estufa do que a pecuária convencional, tanto de bovinos quanto de
suínos.
O governo holandês já investiu um milhão de euros em
pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e
preparar leis para regulamentar sua criação.
Cresce apoio ao consumo de carne de insetos como
fonte de proteína. Boa parte da humanidade já come insetos,
especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais têm uma certa resistência
à ideia e serão necessárias grandes campanhas de marketing para tornar
aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no
cardápio.
Alimentação com música
Já é bem conhecida a influência que aparência e
cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render
descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o
paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é
possível ajustar o gosto de determinados alimentos através da música que se
ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer
mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro
de metal (como saxofones ou tubas) acentuam o gosto amargo de alimentos.
A ideia é que as empresas fabricantes de alimentos
passem a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência"
do consumo de seus produtos, a partir de experiências comprovadas em
laboratório.
Carne de laboratório
Estes são os primeiros cortes da carne 100% vegetal: "A consistência e a textura estão perfeitas," garantem os cientistas. [Imagem: Fraunhofer IVV]
Há um movimento espontâneo cada vez mais intenso
rumo ao vegetarianismo, que aos poucos passa a ter apoio das evidências
científicas.
Segundo o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer,
na Alemanha, gasta-se 40 metros quadrados de terras agricultáveis
para produzir um quilo de carne - para cultivar os vegetais que alimentam o
gado -, mas o mesmo espaço pode produzir 120 kg de cenouras ou 80 kg de maçãs.
Ele defende que que os ingredientes alimentares à
base de plantas desempenhem seu papel na substituição dos alimentos de origem
animal.
Enquanto isso não ocorre, cientistas holandeses trabalham
firme na criação de carne artificial em laboratório usando células-tronco de
vaca e esperam desenvolver o primeiro "hambúrguer de proveta" até o
fim de 2012.
Mais adiantada está uma equipe de cientistas da
Alemanha, Áustria e da Holanda, que já criou uma "carne vegetal" que,
segundo os testes iniciais, tem sabor e textura semelhantes à da carne real.
A produção de carne artificial poderia trazer
grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças de gado
- grandes emissores de CO2 e metano - e nas áreas de floresta desmatada para a
criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter
níveis mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Algas
Fibras das algas marinhas podem ajudar a reduzir a obesidade ajudando o corpo a absorver menos gordura. [Imagem: BBC]
As algas podem alimentar humanos e animais, oferecer
uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de
terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas
como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis
fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas
poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva. Elas já existem em países como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas na
dieta sem que as pessoas precisassem se dar conta disso. Cientistas na
Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros
alimentos industrializados.
Espero que tenham curtido!
Fonte: Diário da Saúde
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